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Postectomia

Giovanna Carpen Padovani

Matheus Henrique Lima Pupulin


Caso clinico


J.H.A, 52 anos

QP: fimose há 1 ano

HMA: não consegue fazer a retração do prepúcio para exposição da glande. Nega dificuldade para urinar.

HMP: nega alergias

nega MUC

postectomia quando criança

Conduta: encaminho para postectomia


POSTECTOMIA

É a retirada de excesso de prepúcio do pênis como forma de tratamento da redundância de prepúcio, fimose, parafimose ou balanopostite de repetição.


Epidemiologia

De 37 a 39% dos homens são circuncidados globalmente, sendo 70% das circuncisões realizadas para fins religiosos e 30%, realizadas para fins não religiosos. Em uma análise de 202 pacientes, as indicações mais comuns para MAC incluíram fimose em 46,5%, dispareunia em 17,8%, balanite em 14,4% e balanite e fimose em 8,9%.


Indicações

As indicações para a circuncisão de adultos do sexo masculino (MAC) são vastas e consistem em patologias infecciosas, inflamatórias, anatômicas ou malignas do prepúcio, da glande e do trato urinário. Todas essas patologias podem ocorrer em qualquer idade da vida adulta, embora a circuncisão por fimose, balanite e neoplasias penianas seja realizada com mais frequência em homens mais velhos.


Fimose

É uma constrição do prepúcio que estreita sua abertura e impede que ela seja retraída para descobrir a glande. É a indicação mais comum para MAC, sendo mais comum entre as crianças, devido à aderência entre o prepúcio e a glande. A fimose pode ser causada por líquen escleroso (devido à má higiene do pênis), por balanopostite crônica, ou pode ter origem idiopática.


O desenvolvimento de uma fimose pode levar a complicações relacionadas à função sexual, à micção (podendo causar infecção do trato urinário) e à dificuldade de higiene do pênis (que é fator de risco para o câncer de pênis). Se o paciente ou a equipe médica retrair o prepúcio à força, pode levar a uma parafimose, que é quando a glande é exposta, mas sem possibilidade de recobri-la, causando diminuição do fluxo sanguíneo local, edema e dor.


Ela pode ser tratada em situações emergentes por dilatação usando um grampo cirúrgico e medicamentos para dor. Caso isso não seja bem sucedido, uma circuncisão da fenda dorsal pode ser realizada. O tratamento definitivo, em circunstâncias eletivas, é a circuncisão completa.


Tratamento

Técnica de sleeve

Após a anestesia local e a assepsia da pele, os dois locais de incisão são marcados circunferencialmente, o primeiro no lado mucoso do prepúcio com o prepúcio em posição retraída, deixando um manguito de 5 a 10 mm ao redor da base da coroa e seguindo a forma natural em V do frênulo no lado ventral. A segunda marcação de pele é então feita no aspecto externo do prepúcio ao redor da base da coroa, enquanto é reduzida de volta à sua posição normal. O prepúcio é então incisado de maneira longitudinal, adjacente às duas incisões circunferenciais, e é ressecado circunferencialmente usando tesoura ou eletrocautério. As bordas da pele são então aproximadas usando suturas reabsorvíveis 4-0 ou 5-0 interrompidas ou poliglecaprona 25.


Técnica da fenda dorsal

Após anestesia peniana local e assepsia da pele, as pinças hemostáticas são colocadas às 3 e 9 horas na borda distal do prepúcio. O prepúcio é então "esmagado" na linha média dorsal com uma pinça hemostática reta para hemostasia e mantida por alguns segundos. Em seguida, é realizada uma incisão na linha média dorsal com tesoura ao longo da linha de esmagamento até que o prepúcio possa ser adequadamente retraído. A glande do pênis é então limpa e preparada adequadamente com betadina. Duas marcas de pele circunferenciais são então desenhadas de maneira semelhante à técnica de manga. As duas incisões podem então ser realizadas simultaneamente com uma tesoura, seguindo as linhas e mantendo o prepúcio em tração com pinças hemostáticas. A hemostasia e o fechamento da pele são realizados de forma idêntica à técnica de manga descrita acima.




Orientações Pós-operatórias

A gaze da cirurgia deve ser retirada em 24-48 horas após a postectomia

Necessário repouso relativo durante 1 à 3 dias

Lavar com água e sabão a ferida durante 7 dias, cuidadosamente

Relações sexuais ou masturbação somente após 4-6 semanas da cirurgia


Prognostico

O prognostico é bom, com baixo risco de complicações, sendo estas:


- Deiscência dos pontos da sutura; - Infecção local requerendo tratamento clínico ou cirúrgico; - Fístula uretral com saída da urina por orifício abaixo da glande; - Estenose do meato uretral requerendo dilatações ou futuros procedimentos cirúrgicos; - Edema, hematoma ou linfedema; - Necrose da pele e/ou da glande; - Possibilidade de cicatrizes com formação de quelóides (cicatriz hipertrófica-grosseira).


Referências




https://portaldaurologia.org.br/faq/fimose-parafimose-e-balanopostite-quais-as-diferencas/


https://www.uptodate.com/contents/balanitis-in-adults?search=fimose%20adulto&source=search_result&selectedTitle=2~26&usage_type=default&display_rank=2

 
 
 

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